A obesidade continua sendo um grande desafio para a saúde pública e sua prevalência está aumentando rapidamente. Por isso, muitos estudos para tentar controlar o problema vêm sendo desenvolvidos e são muitas as novidades em nutrição a cada dia.
Capa de uma revista nacional de grande circulação, há pouco tempo, o chocolate é o alimento da vez. Rico em polifenóis, uma classe de fitoquímicos que reduz os fatores de risco para o diabetes tipo II e doenças cardiovasculares, a novidade é que podem contribuir também no tratamento da obesidade. Ainda não está claro, mas isso pode acorrer através de diferentes mecanismos, tais como a redução da absorção e / ou da síntese de gordura e da saciedade. Estes resultados foram investigados em modelos animais de obesidade, culturas de células e ainda poucos estudos observacionais e clínicos em humanos, mas as investigações realizadas até o momento têm demonstrado resultados promissores!
Porém, vale um alerta: o chocolate que encontramos nas prateleiras dos supermercados, em geral, apresentam uma elevada densidade de energia (cerca de 500 kcal / 100 g), além de grande quantidade de gordura, incluindo gordura trans. O consumo excessivo desse tipo de chocolate ao invés de benefícios, irá induzir ganho de peso, um fator de risco para a hipertensão, dislipidemia, diabetes e distúrbios cardiovasculares e metabólicas em general, ou seja o oposto do que vinhamos falando.
Prefira o chocolate amargo, ou ainda melhor, o que contém 70% de cacau ou o cacau em pó. Minha dica é adicionar cacau em pó em shakes, bolos e sob frutas e obtenha todos os benefícios desse super alimento.
Texto especialista: Cecília Cesa Schiavon (nutricionista)
Fontes:
Farhat G., et al. Dark Chocolate: An Obesity Paradox or a Culprit for Weight Gain? Phytother Res. 2013
Buitrago-Lopez A., et al.Chocolate consumption and cardiometabolic disorders: systematic review and meta-analysis. British Medical Journal, 2011.
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